O Benfica recebeu o Tondela na Sexta-Feira no Estádio da Luz, num jogo onde se esperava uma reação da equipa após um empate nos Açores contra o Santa Clara.
A pressão sobre o clube, o treinador, e os jogadores é algo que já conhecemos. Isso faz parte de ser um empregado do maior clube em Portugal. Os adeptos esperam sempre mais, enquanto que a comunicação social desportiva tenta de todas as maneiras destabilizar.
Sendo capas de jornais, ou noticias nos canais televisivos, já estamos habituados a este circo. Tem sido assim durante muitos anos, e com o regresso de Jorge Jesus ao Benfica, a motivação de muitos dobrou.
Depois do empate em São Miguel, as atenções estavam ainda mais viradas para o nosso clube.
Desde reuniões urgentes entre a estrutura e o treinador, à notícia de que os jogadores já estavam cansados de Jorge Jesus. A cartilha continua a tentar de tudo para ver o que divide e causa pânico entre os adeptos e o clube. Mais recentemente, agora aparecem notícias de que o Jorge Jesus está com vontade de regressar ao Brasil. Enfim, as tentativas já não têm limites.
Só para confirmar estas tentativas, a exibição do Benfica contra o Tondela não foi a mais brilhante em termos de nota artística, mas de certeza que foi uma que mostrou querer, vontade, e mais raça entre os jogadores. Alem disso, as capas dos jornais contam que foi uma vitória sofrida do Benfica, enquanto que o nosso vizinho também venceu por 0-2, com um golo no fim também, e para eles dizem – leão consegue vitória indiscutível.
Para quem viu os dois jogos, está bem à vista de todos o que se passa.
EM CONTROLE E SEM PÂNICO
Se há uma certeza nesta equipa esta época, é o facto de que mesmo estando em controle do jogo, aparecem sempre uns momentos de pânico. Sejam cinco ou dez minutos, Jorge Jesus já disse várias vezes, esta equipa ainda não tem a confiança para jogar sem bola em relação aos processos defensivos.
Quando olhamos para as duas exibições dos auriverdes no Estádio do Dragão em Dezembro, esperava se um jogo muito competitivo e difícil. Uma equipa que vai ao Dragão e marca quatro golos em dois jogos, certamente contra esta linha defensiva do Benfica feita de papel molhado seria ainda mais fácil.
Felizmente, não foi bem assim.
A equipa esteve bem organizada defensivamente, e notou se uma confiança mais elevada em todos os jogadores, oferecendo poucas oportunidades à equipa de Paco Ayestaran. Otamandi comandou bem a linha defensiva, Grimaldo tinha energia sem limites do lado esquerdo, e a dupla Darwin / Waldschmidt voltou a faturar.
Durante os 90 minutos, o Tondela fez dois remates à baliza, o primeiro num remate de cabeça na primeira parte que foi sem perigo parar às mãos de Ody, e o segundo foi nos minutos finais em que o internacional Grego teve que estar com concentração máxima. Essa segunda oportunidade bem podia ter sido um balde água fria para o Benfica, mas até que enfim que o Benfica não sofre um golo na primeira ou segunda oportunidade do adversário.
Quando comparamos as oportunidades concedidas contra o Tondela com as dos últimos jogos, nunca achei que o resultado estava incerto. Claro, a oportunidade no fim fez me suar um pouco, mas ultimamente parece que os nossos adversários são as equipas mais eficazes contra nós, enquanto que precisamos de umas 10 oportunidades para marcar um golo.
Otamendi e Jorge Jesus falaram depois do jogo da mentalidade da equipa e da concentração, o que esteve bem à vista de todos. A pergunta que se pode colocar agora é porque é que demorou tanto tempo para vermos isto?
Espero que a equipa possa levar estes aspectos positivos para os próximos jogos, que vão ser determinantes para o clube esta época. Terça jogamos da Reboleira contra o Estrela de Amadora para a Taça de Portugal, e uma exibição convincente será importante para entrar no Dragão com a confiança e concentração ao máximo.