BENFICA – BERLIN: DEPOIS DO ÚLTIMO SET

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A equipa principal de voleibol masculino do Sport Lisboa e Benfica saiu derrotada no encontro da passada quarta-feira, frente ao Berlin Recycling Volleys, no decorrer da 2ª jornada da Liga dos Campeões.

MONTANHA-ALEMÃ DE EMOÇÕES

Naturalmente, já se previam grandes dificuldades na Luz.

Ao contrário da turma de Cédric Énard, as águias ainda não apresentam uma posição cimentada no plano europeu, pelo que qualquer encontro desta natureza representa não só uma disputa pontual como também um momento de aprendizagem.

Foi uma vitória justa, e a perder também se aprende.

O primeiro parcial arrancou a um ritmo alucinante, ritmo este que os encarnados não foram capazes de acompanhar.

A nível da receção e da conversão ofensiva notaram-se algumas falhas, e os 3 aces registados pelo emblema de Berlim carimbavam as divergências existentes nos momentos iniciais da partida, fechando o primeiro parcial em 19-25.

No segundo a conversa foi outra.

Melhorámos na receção, mas à semelhança do parcial anterior faltava agressividade na rede, algo que se refletiu nos 5 blocos efetuados pelos visitantes.

A conversão ofensiva adversária mantinha-se em altas, enquanto que os ataques encarnados se tornavam previsíveis para a linha de bloco alemã.

Não foi de todo um set bem conseguido, o 2-7 inicial pesou no decorrer do parcial que terminaria com um desolador 16-25.

A esperança encarnada surgia por meio de um terceiro set à Benfica, no qual as águias arrecadaram um positivo 25-15.

A balança equilibrava-se após uma excelente prestação benfiquista, com alguns destaques estatísticos:

  • ACES: 3 – 0
  • ERROS SERVIÇO: 2 – 7
  • BLOCOS: 5 – 1
  • RECEÇÃO POSITIVA: 88% – 60%
  • EXECUÇÃO OFENSIVA: 56% – 53%

Explorámos as fragilidades reveladas no primeiro encontro do Berlin, mostrando perante uma equipa com estaleca europeia o porquê de termos chegado tão longe.

Infelizmente, a luz encarnada desaparecera após uma entrada fortíssima do grupo alemão naquele que acabaria por ser o último set do encontro.

Voltámos a bater na mesma tecla: a pecar no serviço, na eficácia ofensiva e na leitura dos ataques adversários.

O emblema laranja e preto ressurgiu após a investida encarnada, carimbando uma vantagem desde cedo no quarto set.

Os comandados de Marcel Matz não conseguiriam reverter a tendência do parcial, que terminou com um 19-25 a favor da turma visitante.

NO PALCO EUROPEU, A CRESCER

O Benfica encontra-se na mais prestigiada competição de clubes a nível mundial, por mérito próprio, e isso ninguém nos pode tirar.

Ao contrário do que foi a partida na Rússia, sinto que na Luz a vitória estaria ao nosso alcance se tivéssemos praticado o nosso melhor voleibol.

Estamos a aprender, a crescer como equipa, e as indicações de uma postura firme a nível europeu vão surgindo.

Pecámos hoje em diversos aspetos, para amanhã não pecarmos.

Não assimilemos apenas os erros, não nos esqueçamos daquele impressionante terceiro set que surgiu numa partida por muitos dada como perdida.

São um orgulho, hoje e sempre, nas vitórias e nas derrotas.

Cabeça erguida, olhos postos na 2ª fase do Campeonato Nacional.

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