BENFICA 1-1 VIZELA: DEPOIS DO APITO FINAL

share on:

Ficaram mais dois pontos pelo caminho, num jogo marcado pela incompetência da arbitragem.

Passado oito minutos, o Benfica ficou reduzido a dez jogadores. Sendo sincero, confesso que fiquei surpreendido pelo cartão amarelo, achando que bem podia ter sido de outra cor. O VAR acabou por confirmar essa dúvida, mas depois, foram todos jantar e parece que não ficou ninguém no seu lugar.

São vários of fatores que fizeram parte deste empate. Alguns que o Benfica pôde controlar, e claro, alguns que não.

✅ ATITUDE E VONTADE

Mesmo com menos um jogador, o Benfica mostrou grande personalidade. Foram mais de 90 minutos a tentar combater um adversário que defendeu bem, e que na segunda parte, também fez o seu papel no que diz respeito ao tempo útil.

O Benfica teve 54% posse de bola na primeira parte, fez oito remates, com dois enquadrados. Juntaram a isso seis cantos, só que não conseguiram o mais importante, marcar.

Podemos todos concordar que a oportunidade mais flagrante da primeira parte esteve na cabeça de Darwin após cruzamento de Lázaro.

A não ser uma defesa incrível do guardião Vizelense, mesmo com dez, o Benfica poderia ter ido para o intervalo a vencer.

De lembrar que mesmo em vantagem numérica, a equipa de Álvaro Pacheco conseguiu um remate enquadrado de perigo. Esse remate aos 34 minutos, onde na minha opinião, a defesa de Odysseas foi mais para a fotografia, do que propriamente um remate difícil de defender.

Na segunda parte, Rafa começou aparecer mais no jogo.

As arrancadas do internacional português deixavam a equipa visitante em pânico. Ele sozinho criou pelo menos duas oportunidades de golo, e viu um remate seu a ser defendido quase na linha de golo.

O Vizela acabou por chegar à vantagem numa jogada de desatenção do Benfica, mas mesmo assim a equipa nunca baixou os braços. Foram vários que ficaram a ver no golo, mas vou me desviar da crítica individual.

Nelson Veríssimo colocou toda a carne no assador, e só por muita sorte, falta de eficácia, e incompetência é que o Benfica não acabou por vencer.

Henrique Araújo estreou-se a marcar pela equipa principal, e até teve mais uma oportunidade soberana para dar a vantagem ao Benfica no minuto 89.

E claro, aquele último lance do jogo.

Tenho visto muita gente a criticar Darwin por não ter passado a bola em vez de rematar. Aceito a crítica, mas faço vos uma pergunta, e deixou vos uma imagem.

Primeiro, a imagem. Este é o momento em que Darwin levanta a cabeça antes de ir no um contra um com o defesa adversário. Pode se ver bem que ainda não tinha chegado ninguém à área. Ele depois quando entra na finta e ultrapassa o adversário, tem o guarda-redes e um defesa na linha de golo pela frente. Só mais uma defesa incrível o impediu de dar os três pontos ao Benfica.

Agora, a questão. Rafa teve um lance semelhante em casa com o Portimonense onde tinha oportunidade de passar a bola ao Darwin, mas optou pelo remate. Nesse mesmo lanço, só uma defesa milagrosa de Samuel Portugal impediu o Benfica de passar à frente no marcador.

Por isso, se és dos que defenderam o remate de Rafa naquele momento, então não podes também criticar Darwin neste momento.

Como disse, aceito a crítica olhando para o lance de fora. No último suspiro do jogo, com as emoções todas, e um avançado com a bola no pé naquela situação, não me admira que rematasse.

Podíamos ter ganho se ele passa a bola? Podíamos. O Vertonghen podia ter falhado a oportunidade? Podia. A verdade é que se ele passa e Vertonghen falha, criticavam por um avançado que custou €25M não assumir o lance naquele momento. Como rematou e o guarda-redes fez a defesa que fez, criticam por não levantar a cabeça.

❌ VAR A DORMIR

Confesso que já estou farto de debater este tema.

A VAR foi introduzido no futebol para dar oportunidade de corrigir o erro humano, que vai sempre acontecer. Um árbitro num jogo de emoções altas, a ter frações de segundos para decidir vai sempre correr o risco de errar.

Com o VAR, o desejo e a expectativa é que haja competência para saber analisar, decidir, e corrigir quando for necessário.

A expulsão de Taarabt para mim é acertada. Uma entrada sem necessidade numa zona do terreno onde não há perigo. Já temos visto entradas semelhantes a não terem o mesmo desfecho? Sim, mas isso são coisas que competem às associações dos árbitros para terem mais consistência. Mas neste jogo, e naquele momento, aceito a decisão.

O lance de Darwin na área na primeira parte, também concordo que não era penálti. O defesa corta a bola, e na minha opinião o contacto é inevitável. Se ele fosse mais treinado no mergulho como alguns, até podia ter cavado a falta, mas não o conseguiu.

A decisão, ou falta dela mais ridícula para mim acontece aos 72 minutos. O jogador do Vizela claramente corta a bola com o cotovelo depois da marcação de um canto, e nada é assinalado.

Eu nem sei se o lance acabou por ir ao VAR.

Percebia se a bola ressaltasse, ou batesse noutro jogador, mas este lance é claríssimo. Não pode deixar nenhuma dúvida. Num canto, um jogador que salta com o braço assim e desvia a bola, para não se marcar penálti, acho que fica tudo dito.

Já vimos tarjas em jogos a dizer que o VAR só veio confirmar a corrupção. Ontem, em pleno Estádio da Luz, tivemos essa confirmação.

Naquele momento, o Benfica ainda não tinha empatado o jogo. Até podiam ter falhado o penálti, mas o facto de nem se quer marcar um penálti dos mais claros que se vê, é gravíssimo.

No que diz respeito ao pisão que Rafa sofreu no final do jogo, também acho que o amarelo foi bem exibido. Sim, foi um pisão, mas não foi igual ao de Taarabt.

A partir de segunda-feira, corremos o risco de ficar a seis pontos do segundo lugar. Ainda por cima, depois do desgaste elevado, Nelson Veríssimo e o seu staff vão ter uma tarefa difícil de recuperar forças para o jogo mais importante da época em Amsterdão.

Qual foi o teu ponto alto, e o mais a sério desta partida? Deixem os vossos comentários.

share on:
Michael Gonçalves

Michael Gonçalves

Desde miúdo que o Benfica faz parte da minha vida. Sou Luso-Americano, mas tenho o coração em Portugal. Enquanto que o sonho de ser jogador profissional não deu certo, agora tento transmitir as minhas ideias e a minha paixão pelo Benfica em palavras. Na vida pode se trocar de mulher, mas nunca se troca de clube!