Após uma pré-época completamente vitoriosa e dois jogos oficiais que terminaram em goleada, o futuro parece risonho.
O nosso clube fez até ao momento seis jogos na pré-epoca e dois jogos oficiais (campeonato e pré-eliminatória da Liga dos Campeões) e os objetivos continuam intactos.
A forma como temos jogado mostra que as ideias são ainda o elemento mais importante na dinâmica e no futebol jogado de uma equipa. O 11 inicial da nossa equipa tem apenas dois jogadores que não estavam no plantel no ano passado e a atitude, dinâmica e intensidade são completamente diferentes.
A passividade defensiva do ano passado deu lugar a uma proatividade na procura da bola e no ataque ao seu portador. É uma espécie de alcateia de jogadores que cercam o portador da bola e só descansam quando a têm no seu poder. A bola, para este Benfica, parece o anel precioso d’O Senhor dos Anéis.
Ver a diferença do Benfica do final da época passada em relação a este Benfica é como passar de ouvir Delfins para Resistência: está lá o Miguel Ângelo na mesma, mas não se nota.
Apesar da falta de profundidade nalgumas posições (nomeadamente no meio-campo e na extrema-esquerda) já se vislumbra um 11 base que gostava de desfiar:
- Vlachodimos | Não fosse o seu penteado à Alemanha dos anos 40 e era o guarda-redes perfeito.
- Gilberto | O nosso pão com queijo passou de um lacticínio da Vaca que Ri para um suculento Beaufort D’Ete direitinho dos Alpes Franceses.
- Otamendi | Só morreram 299 dos 300 espartanos da batalha de Termópilas. O único sobrevivente joga a central na equipa do Benfica (esqueçam as piadas sobre o nome da terra).
- Morato | Já vi ceifeiras-debulhadoras em campos de trigo menos eficazes a limpar um campo.
- Grimaldo | O ar de D’Artagnan foleiro esconde os seus Athos atacantes que deixa os adversários Porthos a ficar presos por Aramis (sei que abusei).
- Florentino | Florentino, Florentino, Florentino de Jesus, não sei se tu me ama, pra quê tu me seduz. Não sei se goste, se não goste, mas quero que continue assim.
- Enzo | Às vezes tenho medo que seja tudo um sonho e afinal não temos o melhor jogador do campeonato no meio-campo, com um GPS no cérebro a distribuir bolas redondinhas como se fossem impostos indiretos em Portugal.
- João Mário | Imagino a dificuldade que foi crescer com dois nomes próprios na camisola e isso reflete-se no futebol mágico que sai dos seus pés. A calvície precoce ajudou como se pode ver com o que aconteceu com o Nuno Tavares (eu sei que não se lembram mas foi um jogador que passou por cá).
- Neres | Levem este jogador para uma grande equipa europeia nos próximos dias antes que isto comece a ser demasiado injusto para as outras equipas do campeonato português.
- Rafa | O próximo ator a representar o Flash. Desta vez com mais superpoderes, nomeadamente o de torcer os rins aos inimigos.
- Gonçalo Ramos | A pinta de ator infanto juvenil faz com que os adversários não o levem a sério e dá no que temos visto: golos e assistências como se fosse o Jonas (som gregoriano de elevação sacro-religiosa).