OS DISCÍPULOS DE MATZ #4

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A equipa principal de voleibol masculino do Sport Lisboa e Benfica deu seguimento ao bom percurso da presente época, somando duas importantes vitórias a contar para o Campeonato Nacional e para a Fase de Qualificação da Liga dos Campeões.

VITÓRIA LUSA EM TERRAS FINLANDESAS

À semelhança do que aconteceu na temporada anterior, as Águias triunfaram na deslocação ao terreno do VaLePa Sastamala por 1-3.

Um confronto desde cedo interessantíssimo, já que colocava frente a frente duas equipas com traços semelhantes: um poderio ofensivo acima da média, por norma suficiente para colmatar algumas quebras defensivas existentes.

A estratégia do adversário revelou-se desde cedo: apostar forte no serviço e manter ativo o corredor direito na hora de atacar, o principal recurso da distribuição quando a Turma Benfiquista ganhava algum momentum no bloco.

Acabámos por fechar o 1º parcial num 21-25 positivo, abdicando de alguma irreverência no serviço que não estava a surtir os efeitos desejados e crescendo no side-out.

O 2º set arrancou de forma fervorosa com estratégias completamente distintas no que toca ao setor ofensivo – de um lado o corredor central Benfiquista, do outro a pipe finlandesa que tantas dores de cabeça nos deu.

No final, foram os caseiros que levaram a melhor – não porque se destacaram de forma evidente no que toca à eficácia ofensiva mas porque a nossa receção não estava a permitir o bom funcionamento das nossas transições – o marcador manteve-se, mas desta trocara de cores.

Eis que entra em ação aquele que para mim foi o MVP da partida – Senhor Japa.

Foi ele o principal responsável pela melhoria abrupta da nossa receção, algo que se refletiu num crescimento ofensivo enorme: até então, já tínhamos demonstrado que não nos faltavam cartas para trocar neste aspeto, mas não as conseguíamos pôr em jogo porque o nosso não estava a fluir como desejado.

Levámos a melhor no 3º parcial com uma vantagem de 3 pontos, o que nos permitiu recuperar a dianteira da partida.

No 4º e último set, o desgaste adversário começou a sentir-se: o bloco já não acompanhava o nosso side-out da mesma forma, o que expôs inevitavelmente a sua última linha de defesa – ora, quando algo desta natureza ocorre contra uma equipa da nossa natureza, temos o caldo entornado.

Uma reta final carimbada de forma relativamente confortável com 7 pontos de diferença, que nos permitiu dar importantes minutos a jogadores menos utilizados, apostas evidentes no embate diante do GC Santo Tirso para o Campeonato Nacional.

PINÁCULO DA ROTAÇÃO

Dado o contexto em que este encontro surgia, era providencial investir na profundidade do nosso plantel de modo a não comprometer baterias a nossa jornada europeia.

Teoricamente tínhamos pela frente um adversário de certo modo acessível, mesmo não jogando com os nossos titulares habituais.

Marcámos desde cedo o ritmo de um jogo que se adivinhava one-sided – apesar de nos momentos iniciais o nosso bloco não ter estado no seu esplendor, a nossa linha de fundo estava recorrentemente atenta aos ressaltos constantes que surgiam do mesmo.

O nosso serviço ia ganhando força e prova disso foi o marcador do 2º set – nada mais nada menos do que um total de 31 pontos – surreal.

Com a partida praticamente fechada, chegara a hora de afinar alguns pormenores individuais que se tinham vindo a arrastar ao longo dos nossos últimos jogos, como era o caso da receção e posterior transição ofensiva.

Mais uma vez, foi pouca a resistência que o nosso adversário nos ofereceu: fechámos o encontro em sets diretos por meio de um 16-25 muito convincente.

Gestão exímia da nossa equipa técnica, com muito mérito dos atletas que iam sendo chamados ao longo da partida à mistura que, por mais rotações que fossem surgindo, sempre e sem qualquer exceção se demonstraram à altura do desafio.

Está na hora de fazer história – vamos vencer na Luz o conjunto finlandês e assim garantir mais uma presença memorável na Liga dos Campeões.

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