Acabou. O 39 não passou na nossa rua. Já não há nada que possamos fazer.

Esta temporada, uma autêntica montanha-russa de emoções feita de momentos que nos fizeram questionar tudo, termina agora com um amargo segundo lugar.

Além da Supertaça conquistada contra os rivais do Norte em agosto do ano passado, podemos afirmar que a época foi, de uma forma geral, um fracasso.

Mas o que acaba, afinal? O futebol? O Mundo? A devoção ao Glorioso? Não. Acaba apenas mais uma temporada. É um ciclo a comportar-se como tal, a terminar para que possa haver um novo começo. Um novo capítulo.

É tempo de olharmos todos -direção, equipa técnica, jogadores e adeptos- para aquilo que aconteceu, para o que fizemos bem e menos bem ao longo dos últimos meses. É tempo para uma profunda e dolorosa reflexão.

Nós, os benfiquistas, somos o coração pulsante deste clube. Porque enquanto os outros vão e vêm, nós já cá estávamos e por cá ficaremos sempre, aconteça o que acontecer.

Sentimos cada derrota, cada desentendimento entre jogadores e treinador, sentimos o olhar desiludido na criança que foi à Luz pela primeira vez e não viu o que esperava. Sofremos com isso e com o sentimento de impotência de não poder fazer nada para o evitar.

Mas temos também de ser conscientes da força que surge quando estamos juntos.

Começa em breve uma nova época, uma oportunidade de corrigir os erros, de reforçar sectores que ficaram aquém do esperado, de mostrar que o apoio incondicional pode superar qualquer adversidade.

Por mais que nos custe, há que deixar as desilusões para trás e focar no futuro. Cada um de nós terá um papel crucial: apoiar, incentivar, criticar de forma construtiva e, sobretudo, acreditar. Quando os nossos jogadores entrarem em campo, vão precisar de ouvir novamente, e como sempre, a voz da nossa fé inabalável. Vão precisar de sentir que, apesar das desilusões da época que agora termina, estamos com eles.

Vamos voltar a encher os estádios com os nossos cânticos, com a nossa paixão. Vamos ser o décimo segundo jogador, aquele que nunca desiste, que acredita sempre. Voltaremos aos títulos, aos festejos, ao lugar que nos pertence, aqui e por essa Europa fora.

Mas por agora, fiquemo-nos pela reflexão. E pela certeza de que todos nós, independentemente da forma que temos de o demonstrar nos bons e nos maus momentos, amamos o Sport Lisboa e Benfica.