Esta já é a terceira pré-época do Roger Schmidt no Benfica e habitualmente, o onze que ele mais utiliza na pré-época costuma ser o onze para o início da temporada e até com poucas mudanças dentro do ano.

Por isso, a ideia de juntar o Leandro Barreiro e o Florentino no meio campo, deverá ser a ideia base.

É aqui que então entra o Renato Sanches.

Sempre estivemos preocupados com os momentos com bola, mas a julgar pelo que o Florentino e o Leandro Barreiro oferecem aí, essa não é uma das prioridades do Roger Schmidt.

O Renato Sanches, em forma, oferece o mesmo a nível de combatividade e poderio físico que o Barreiro e o Florentino. E com bola, até oferece mais.

A verdade é que a ideia do Renato Sanches contar mais para a ala direita do ataque nunca fez muito sentido porque todos sabemos quem vai lá jogar.

Mas este ano temos visto um Roger Schmidt particularmente aplicado em ter um meio-campo que dê estabilidade defensiva e combatividade. E o Renato pode trazer isso, como o Barreiro e o Florentino trazem.

O Rui Costa disse também na entrevista antes do jogo com o Fulham que o plano é que o Renato acabe por ficar.

Não ficaria espantado que em breve, caso os treinos correspondam, comecemos a ver o Renato a aparecer numa dupla do meio-campo.

Entretanto isto é uma má notícia para o João Mário que cada vez tem um papel menos óbvio nesta equipa. E coitado do João Mário que é sempre o mais apontado em todos estes cenários mas num grupo com Florentino, Barreiro, Rollheiser e um Renato recém chegado, não há outra possibilidade.

É um dos capitães, é certo. Mas vai jogar onde? E quantos minutos? Ainda por cima com o salário que aufere. Vamos ver se o Benfica toma a decisão que precisa de tomar.

Vai ser também interessante ver como é que depois encaixamos o Rollheiser neste grupo de médios centro.

Temos quatro potenciais titulares – cinco com o João Mario – e só dois jogam de cada vez. O Roger Schmidt não é conhecido pela rotação no plantel, mas a posição de médio centro até é das que ele mais rodou no último ano.