CONVERSA COM RUI GOMES DA SILVA

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Com os momentos tensos que se vivem à volta do Sport Lisboa e Benfica, agora mais do que nunca, precisamos de pensar no presente e no futuro. As eleições estão agendadas para este ano, e o antigo Vice Presidente do Benfica é candidato.

Não é todos os dias que se apresentam oportunidades para falar com pessoas ligadas ao Benfica, principalmente vivendo fora do país. Entrei em contacto com Rui Gomes da Silva numa tentativa de poder lhe fazer umas perguntas sobre a sua candidatura a presidente do nosso clube.

Fiquei surpreendido pela sua disponibilidade para conversar, e mando lhe desde já um forte abraço e um muito obrigado por poder partilhar algumas das suas ideias para com os Benfiquistas. Quando as eleições estiverem mais próximas, gostaria de lhe convidar a ter uma breve conversa em direto na pagina do Facebook, para podermos falar mais nos detalhes da sua candidatura. Fica aqui o lançamento desse convite se estiver disponível.

Aqui ficam as perguntas que lhe foram apresentadas, e as suas respostas.

OCB: Se for eleito presidente do Sport Lisboa e Benfica, na sua opinião, qual seria a sua melhor característica que pudesse oferecer ao clube, e aos Benfiquistas?

RGS: Benfiquismo inegociável, querendo refletir o exemplo de presidentes históricos que aliaram esse benfiquismo à qualidade dos resultados.

OCB: Você fala muito de um Benfica que possa competir na Europa. Em que áreas serão preciso as maiores mudanças? (Estrutura, dia a dia do futebol, plantel, etc..?)

RGS: Primeiro a mentalidade. É fundamental que todos tenhamos como objectivo engrandecer o Benfica. Depois há que colocar em funcionamento um plano para isso acontecer. Mais rigor no investimento, emagrecimento dos quadros de atletas querendo aplicar o chavão “menos jogadores mas melhores”, e enriquecimento dos quadros do clube com antigos atletas de prestígio que possam emprestar a sua experiência e conselho ao clube.

OCB: Com o adiantamento do pagamento dos direitos televisivos, como você disse, o Benfica agora passará a receber €20M por ano, ao contrário dos €40M esperados. Essa diferença terá impacto na sua capacidade de poder gerir o clube, e de poder levar o Benfica a outros patamares mais altos como todos nós desejamos?

RGS: Terá sempre impacto, pois 20 milhões de diferença no nosso futebol é muito dinheiro. No entanto, cabe-nos encontrar outras soluções de financiamento/investimento de forma a criar valor para o clube e conseguir esse objectivo.

OCB: Em Portugal, o futebol também joga-se muito fora das quatro linhas. Qual é a sua visão do Benfica em relação aos seus rivais diretos, tendo em conta as várias tentativas ao longo dos anos para destruir o clube?

RGS: Todos os que quiserem fazer do futebol português um lugar melhor, de mais qualidade e de competitividade sádia, conta com o diálogo da nossa parte. Quem quiser fazer do Benfica um alvo a abater ou não for verdadeiro nas posições assumidas terá sempre o combate da nossa Direcção.

OCB: E por último, para quando um Benfica que não tenha de sempre vender as suas pérolas do Seixal, ou até mesmo os seus melhores jogadores? É óbvio que o Benfica tem de vender quando for necessário, mas se continuarmos a ser um clube vendedor, então a hipótese de um Benfica forte e com uma continuidade longa de sucesso e vitórias torna se muito difícil.

RGS: Uma coisa é sermos um clube vendedor, outra coisa é sermos um clube que ocasionalmente terá que vender um dos seus melhores quadros desportivos por uma oferta quase irrecusável. O nosso objectivo é sermos a segunda opção. Vendermos apenas quando a oferta for mesmo do outro mundo e não conseguirmos chegar aos números desejados pelas partes para manter o atleta.

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Michael Gonçalves

Michael Gonçalves

Desde miúdo que o Benfica faz parte da minha vida. Sou Luso-Americano, mas tenho o coração em Portugal. Enquanto que o sonho de ser jogador profissional não deu certo, agora tento transmitir as minhas ideias e a minha paixão pelo Benfica em palavras. Na vida pode se trocar de mulher, mas nunca se troca de clube!