O QUE É O BENFICA?

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O Benfica é Portugal. Não o é por inteiro mas é-o numa clara maioria. Não porque o diz um benfiquista, mas porque assim é, sem panos quentes nem adornos que tornem o facto mais engolível.

O Benfica é ele próprio e o seu contrário porque quem não é do Benfica é, muito provavelmente, anti-benfiquista. No panorama futebolístico nacional, o Benfica é, de forma inequívoca, omnipresente. E quem o negue não merece continuar a ler este artigo.

O Benfica é o maior clube português e é também, consequentemente, o clube mais criticado e exposto do nosso campeonato. E há nisto uma realidade agridoce que não vem, curiosamente, dos supra mencionados anti-benfiquistas. Vem, sim, dos verdadeiros adeptos, dos sócios, do turbilhão humano escarlate que durante vinte e quatro horas vive e respira cada átomo de cada molécula que dá forma ao maravilhoso universo da Luz.

É de uma ironia quase deliciosa, constatar que, a maior parte das vezes, os principais inimigos do Benfica são os próprios benfiquistas. Não o digo com azedume. Digo-o do alto da consciência de um sócio fundador nr. 21155 que se estreou no velhinho estádio da Luz com um 5-0 frente a um -então- perigoso Paços de Ferreira e que, desde esse dia, tem vindo a acompanhar a evolução do benfiquismo empunhando, sempre que possível e na maioria das vezes, um copo meio cheio.

Porque o Benfica é, como disse no início, Portugal. E os benfiquistas são, na sua maioria, portugueses. E se o não são, têm neste nosso país raízes fortes que, com o tempo e as vitórias, foram desenvolvendo a singela honra de amar o clube mais bonito do mundo.

Ora, Portugal é destino, é fado. Fado é melancolia, é tudo aquilo que podia ser mas não foi.

No princípio, aquando do verbo, foi-nos atribuída a nós, portugueses e luso-descendentes, a incapacidade de sobrepor os feitos aos não feitos. Toldam-se-nos os bens por efeito de ínfimos males. Aprendemos a viver com isso, sem pena nem peso. E a vida continua, dia após dia.

O Benfica é omnipresente. Está aqui, neste simples artigo, ao mesmo tempo que está lá fora, entre a nossa comunidade emigrante, estando igual e continuamente espalhado pelo país ou na avenida Eusébio da Silva Ferreira, à espera de uma visita nossa que mantenha acesa uma chama que nunca se há-de apagar.

E sendo tão grandes, tão enormes, depois de tantas conquistas, tantas alegrias, gritos, choros, sorrisos e abraços… queremos mais. Nós, os benfiquistas, queremos sempre mais. Porque sabemos que o nosso Benfica merece sempre mais e melhor, merece o mais alto cume do mais elevado topo do mundo que o futebol ou qualquer modalidade desportiva possa criar.

O Benfica é nosso. E nós somos o Benfica. Sem uma parte, a outra não existe. Será assim tão difícil de perceber?

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1 Comment

  1. …este onagro começa por afirmar “o maior de Portugal”, logo de seguida “consequentemente o mais criticado”!! consegues perceber a incongruência??…a não ser que sejam os próprios adeptos a vociferar as criticas!!daaahhh

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