Após o triunfo no dérbi lisboeta da passada quarta-feira, a equipa principal masculina de voleibol do Sport Lisboa e Benfica retoma à quadra já este sábado, diante do SC Espinho, no decorrer da 8ª jornada da 2ª fase do Campeonato Nacional.

MUITOS SC’S NUMA SEMANA

As iniciais SC, no voleibol, geralmente são sinónimo de dificuldades.

Há semelhança do Confronto da 2ª Circular, o encontro agendado para a tarde deste sábado coloca muita tradição em cima da mesa, com uma infinidade de títulos à mistura.

Não se encontra no melhor momento de forma, é um facto – somou apenas 7 pontos em 6 partidas disputadas, encontrando-se no 7º posto classificativo – mas não é por isso que a 2ª equipa mais titulada em Portugal passa a representar um degrau mais curto na escadaria para a conquista do tão ambicionado título.

Apesar do vibrante triunfo no dérbi, não devemos afirmar que a turma benfiquista se encontra na crista da onda.

O 7º jogador adversário tem “COVID” estampado nas costas, ao constantemente comprometer o calendário encarnado e a consequente preparação das respetivas partidas.

No entanto, Marcel Matz e os seus comandados tem respondido à altura aos obstáculos mais recentes, por meio de uma contínua perseguição ao topo da tabela classificativa.

FOCO TOTAL

Apesar da vitória sonante na passada quarta-feira, existem determinados aspetos menos positivos que não devem ser ignorados.

A atmosfera calorosa e o próprio contexto da partida sugeriam níveis de adrenalina acima da média, não só para quem assiste mas também para quem está lá dentro.

Houve sem dúvida alguma firmeza nos momentos mais decisivos do encontro, mas tal segurança não foi constante ao longo dos parciais disputados, especialmente nos momentos de transição ofensiva.

As estatísticas assim o comprovam, já que a execução neste setor manteve-se em meros 43%, o pior registo encarnado na presente fase da competição. Importante referir que este valor surge não só por culpa própria, já que o competentíssimo posicionamento leonino assim o sugeriu.

Agradou-me especialmente a prestação defensiva na Luz, contra uma equipa naturalmente dotada criativamente como o Sporting.

Neste aspeto, a turma leonina encontra-se a milhas do conjunto de Espinho, pelo que a Win Condition do encontro deste sábado deverá residir na concretização ofensiva dos encarnados.

Em dezembro, a maior condicionante benfiquista era a fadiga coletiva, devida ao ritmo competitivo alucinante ao qual as águias estavam sujeitas, e mesmo assim vencemos em terreno espinhense.

De momento, apesar de alguns dos elementos do plantel estarem indisponíveis para o encontro deste sábado, a disposição geral do plantel sugere uma preparação mais confortável para este embate.

Arrisco-me a dizer que superaremos este desafio com, no máximo dos máximos, um set sofrido.