BENFICA – ZENIT ST. PETERSBURG: DEPOIS DO ÚLTIMO SET

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A equipa principal masculina de voleibol do Sport Lisboa e Benfica cedeu em casa na passada jornada europeia, por 3-0, na receção à turma de São Petersburgo.

VOO EUROPEU DIGNO

Não foi de todo uma prestação negativa do lado encarnado, por mais que assim o resultado final possa sugerir.

Naturalmente, como já fora mencionado anteriormente, o contexto competitivo nacional de ambas as equipas é em muito divergente, e tal se reflete não só o investimento disponível como nas dinâmicas internas da equipa desenvolvidas ao longo das temporadas.

Em Portugal, é relativamente aceitável afirmar que o Benfica vive um período de hegemonia – apesar de existirem de dia para dia algumas potências capazes de causar dificuldades às águias, a realidade é que a dimensão competitiva do plano luso é muitíssimo inferior à experienciada na Rússia.

À partida, o sorteio assim propiciava: os visitantes possuem um plantel capaz de não só superar a fase de grupos confortavelmente como também de chegar bem longe na competição.

É muita medalha, muito título internacional ao barulho – mas é preponderante que os comandados de Marcel Matz tenham a oportunidade de vivenciar tal contexto para um dia se estabelecerem também como uma força de renome internacionalmente.

REDE GELADA

É realmente necessário acompanhar a modalidade lá fora para identificar um domínio tão impactante de cariz defensivo.

Quando assim é, as possibilidades de obter um resultado positivo tornam-se ainda mais estreitas.

Para além de uma linha de bloco extremamente dominante (9 Kill Blocks), ao contrário do que observámos no coração gelado da Rússia, não só estabeleceram desde cedo uma evidente superioridade ao nível do serviço como também da produção pós-serviço.

Ter aquele que é por muitos considerado o melhor líbero da atualidade do outro lado da rede nunca é fácil, ainda por mais quando os restantes elementos do setor de receção decidem acompanhar o seu ritmo.

Houve realmente um controlo vincado das investidas encarnadas, que quando não terminavam num bloco avassalador rapidamente se convertiam num contra-ataque executado na perfeição.

Tal como foi mencionado na 1ª mão, a oposição russa representa um emblema cujo contexto e renome na modalidade em muito se deve ao pesado investimento recente neste setor.

Para além disso, a maior necessidade de resultado pertencia à turma russa, que luta atualmente pela liderança do grupo frente ao Berlin Recycling Volleys.

No final das contas, apesar do resultado negativo, gostei bastante da prestação lusa neste embate europeu – soubemos aproveitar as notas oportunidades, procurámos constantemente causar dificuldades na receção adversária, tanto via ataque como serviço – lutámos até ao último suspiro frente a uma equipa com um voleibol claramente diferenciado.

O querer esteve sem dúvida lá, não só dentro da quadra como também nas calorosas bancadas do Pavilhão nº2 da Luz.

Há que saber entender encontros desta natureza como peças fulcrais no crescer europeu encarnado – tomar resultados menos positivos como uma aprendizagem é não só importantíssimo a curto prazo como é um passo determinante no progresso deste magnífico grupo.

PARCIAIS

1º SET: 25-19 [Zenit St. Petersburg]

2º SET: 25-16 [Zenit St. Petersburg]

3º SET: 25-23 [Zenit St. Petersburg]

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