OS DISCÍPULOS DE MATZ #1

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Numa semana que marcou o regresso à liderança da tabela classificativa, a turma da Luz fez questão de demonstrar tanto a Norte como a Centro o poderio encarnado por meio de dois desafiantes triunfos.

DUELO DE TITÃS

Se existem duas equipas neste momento que mantêm a corrida pelo ouro da 2ª Fase bem acesa são estas.

Um dos encontros pelo qual ansiava há muito tempo, não só por todo o contexto classificativo que o envolve mas pelo simples facto que tinha plena certeza que o amargo resultado do confronto anterior teria uma resposta à altura.

Como de costume, os comandados de Marcel Matz não desiludiram, garantindo um triunfo impróprio para cardíacos na Luz frente ao até então líder da competição.

Fomos destacadamente superiores tanto no serviço como no setor defensivo, quer na receção em si como na cobertura da rede.

No entanto, para mim esta foi uma daquelas partidas claramente decididas pela destreza das equipas técnicas envolvidas.

Mais uma daquelas em que o treinador encarnado e os restantes elementos em ação espalharam a sua magia, mexendo na equipa quando assim o jogo exigia e de forma extremamente assertiva.

Prova viva disso foi a resposta ao primeiro parcial, no qual a turma forasteira soube reter categoricamente a zona de saída encarnada.

Era preciso inovar, e como ponto de viragem surgiu o investimento na zona 4 e no corredor central.

Também nesta última área a rotação caseira surtiu efeito, com o miolo da rede evidentemente dominado de forma recorrente pelo conjunto benfiquista.

Fora através de uma negra de emoções fortes que um dos triunfos mais marcantes da atual época surgiria, resultando na reconquista da liderança da tabela classificativa.

Existem jogadores com muita presença em campo intimidante, e depois existe o Zelão – que exibição monstruosa, sem dúvida alguma um dos pilares que sustentaram esta suadíssima vitória diante de um adversário extremamente competitivo.

DOBRA ENCARNADA EM MATOSINHOS

À semelhança do setor feminino, também os nossos rapazes triunfaram no terreno desafiante do Leixões este fim de semana.

Uma oposição que naturalmente prometia dificuldades, apesar da neutralidade imposta ao encontro pela penalização temporária imposta à turma da casa.

Um encontro muito ela por ela estatisticamente, que poderia ter sido decidido sem recurso à tão pulsante negra não fosse a persistência caseira num quarto parcial arrebatador.

Ofensivamente nenhum dos emblemas se destacou, tendo as águias levado a melhor no que toca ao setor defensivo.

Limitados na receção quando comparados ao conjunto forasteiro, os comandados de Tiago Sineiro viram por diversas ocasiões a eficácia das suas transições ofensivas comprometida, o que se refletiria na superioridade encarnada tanto no bloco como na taxa de receções positivas.

No que toca à distribuição nenhuma das equipas se limitou a uma abordagem conservativa, tendo portanto sido um encontro interessantíssimo nesta vertente, marcado pela imprevisibilidade ofensiva de ambos os lados.

À semelhança do que ocorrera na Luz esta semana, a experiência benfiquista deixaria mais uma vez a sua marca, ditando o desfecho de uma partida extremamente equilibrada decidida numa negra com carimbo encarnado.

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