OS DISCÍPULOS DE MATZ #3

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A equipa principal de voleibol masculino do Sport Lisboa e Benfica selou o ouro da 2ª Fase do Campeonato Nacional ao triunfar perante o Sporting CP por 1-3, adversário direto dos encarnados nas meias-finais da Taça de Portugal.

TUDO O QUE VAI VOLTA

O Pavilhão João Rocha foi o palco do dérbi lisboeta do passado dia 12 de março, que terminou com uma reviravolta das águias numa vitória discutida em 4 parciais.

Foi precisamente neste recinto que a secção feminina da modalidade viu a liderança da tabela classificativa lhe escapar por entre os dedos de forma injusta, algo que não foi perdoado no regresso Benfiquista ao terreno leonino.

Curiosamente, foi uma partida que seguiu precisamente o roteiro que tinha previsto para a mesma.

O Sporting é uma equipa que, apesar de não apresentar a longevidade linear que as águias possuem na quadra, tem por hábito entrar muito forte em encontros desta natureza, ainda por mais quando joga sob teto familiar.

O contexto classificativo assim o reforçava: os comandados de Gerson não tinham nada a perder na receção ao Benfica, ao contrário da turma da Luz que dependia de si para cimentar a frente desta 2ª Fase, fator determinante para a etapa final de apuramento do Campeão Nacional.

Foram sem dúvida alguma o emblema que marcou o ritmo dos instantes inicias da partida, e tal é corretamente comprovado pelos 25-17 que fecharam o primeiro set.

A ousadia verde e branca não tardou a desvanecer, já que Os Discípulos de Matz entraram no segundo parcial com o objetivo vincado de igualar as contas da partida – apesar de decidido por pormenores, foi um parcial cujo triunfo nos trouxe de volta ao encontro e assim contrariou um balanço até então negativo.

No terceiro a maré já sugeria um rumo distinto: foi um set claramente mais sob controlo quando comparado com qualquer um dos anteriores.

A equipa caseira teve a capacidade de recuperar por diversas ocasiões das inúmeras desvantagens no marcador impostas pela eficácia forasteira, felizmente insuficientes para reverter aquela que seria a tendência deste clássico.

Chegaria por fim o quarto e último set do encontro, no qual os erros individuais pesaram e muito para o lado da casa.

Por meio de 3 falhas leoninas consecutivas, os encarnados viram a vantagem no parcial ampliada num momento crucial do encontro – tiveram a destreza de segurar a frente da corrida pela vitória, o que nos valeu um importante triunfo que fechou com chave de ouro esta etapa da competição.

QUATRO CRESCENTE

O que me diz a Lua? Que apesar de um triunfo importantíssimo, existe margem de melhoria.

Vencemos em 4 sets, mas não vingámos a superioridade amplamente vincada pelo resultado final.

Defensivamente não fomos a melhor equipa, e penso que foi precisamente nas lacunas que apresentámos neste setor que surgiram as possibilidades adversárias.

Pecámos na receção individual, o que levou nitidamente a uma dificultada construção das investidas ofensivas encarnadas.

Também os erros individuais ofensivos da oposição tiveram o seu peso no desfecho da partida, já que a turma leonina apesar de ligeiramente superior na linha de bloco acabaria por somar o dobro dos erros ofensivos.

Não foi Aquele Clássico Bonito, mas foi uma vitória de superação num confronto sempre desafiante, e isso ninguém nos tira.

O facto de os ajustes necessários serem exequíveis e concretizáveis até às meias-finais da Taça de Portugal deixam-me de certo modo aliviado, já que acredito que um Sporting no seu auge poderia ter muito bem arrumado este encontro.

Nenhuma equipa esteve a 100% neste dérbi, é um facto, mas a confiança inabalável que tenho neste grupo e na equipa técnica fazem-me acreditar que o desfecho final do passado sábado se repetirá já no próximo dia 19 de março.

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