OS DISCÍPULOS DE MATZ #4

share on:

A equipa principal masculina de voleibol do Sport Lisboa e Benfica ocupou mais uma vaga nas estantes do Museu Cosme Damião, ao conquistar no passado domingo a Taça de Portugal frente à A.J.F. Bastardo em Viana do Castelo.

CUMPRIR A TRADIÇÃO

As remontadas mais recentes da turma Benfiquista quase que podiam virar marca de água em partidas desta natureza.

Um roteiro que tem sido feliz para os encarnados, que tal como no passado dia 12 superaram o handicap inicial imposto pelo conjunto leonino.

Contrariamente ao que foi presenciado no Pavilhão João Rocha, foram as águias que tomaram as rédeas do primeiro parcial, no qual a elevada eficácia d‘Os Discípulos de Matz dificultou bastante o side-out verde e branco.

Apesar da superioridade encarnada, os comandados de Gersinho garantiram a frente do set nos instantes finais, cenário que encurtava as nossas possibilidades na corrida pela prova-rainha.

Seguiu-se um segundo parcial conturbado, com o até então deslize recente a pesar psicologicamente nas contas benfiquistas.

A resposta a esta desvantagem inicial não tardou a surgir, de tal modo que a crescente execução ofensiva das águias se refletiria na igualdade estabelecida por meio de um suado 23-25.

Destaque também para a primeira linha defensiva Benfiquista, que apenas neste segundo set totalizou uns sonantes 5 blocos.

O Sporting não facilitava, mas se até então existiam dúvidas de qual seria a melhor equipa na quadra este sábado, tais questões foram oficialmente esclarecidas.

Somámos mais erros no serviço neste terceiro parcial, é um facto, mas em jogo corrido fomos o emblema que menos pecou.

Com quase 80% de execução na hora do remate, foi por uma margem de 5 pontos que os encarnados tomaram a dianteira do dérbi em Viana do Castelo.

Tal desafio seria fechado sem recurso a negra, num set em que o Benfica encontrou bastantes dificuldades para romper a rede defensiva dos leões.

Soubemos sofrer, e foi correndo atrás do prejuízo neste último parcial que as águias somaram o segundo triunfo seguido frente ao emblema de Alvalade no espaço de uma semana, desta vez garantindo o passaporte para a final da Taça de Portugal.

AS FINAIS SÃO PARA SE GANHAR

Tal como disse o nosso pequeno grande Ivo, a mentalidade incutida neste grupo para a finalíssima era apenas uma: vencer.

Mais uma vez, a Raça, o Crer e a Ambição Benfiquista foram cruciais num encontro que já se adivinhava dificílimo.

Numa partida que arrancou de forma desfavorável para os encarnados, o peso do serviço açoriano sentiu-se no setor defensivo da turma da Luz, que não conseguiu responder às investidas adversárias nos momentos iniciais deste intenso embate.

Contornando o resultado até então verificado, os ajustes posicionais do lado encarnado valeram às águias uma receção amplamente superior quando comparada à apresentada no primeiro set – igualdade restabelecida.

Num parcial bastante equilibrado até ao 11-11, chegaria o auge do side-out Benfiquista:

  • Taxas favoráveis de receção acima dos 70%;
  • Execução ofensiva perto dos 60%.

Também no bloco a potência encarnada foi destaque, somando 4 blocos num parcial muitíssimo bem conseguido fechado por meio de um favorável 18-25.

4º set? Superação e domínio da equipa técnica sobre a oposição.

O Benfica entrou mal no parcial, com a turma Açoriana a aproveitar a receção debilitada dos comandados de Marcel Matz.

O ponto-chave desta reta final foi o time out num momento em que o palcar anotava um 7-2 desfavorável ao Benfica.

O side-out encarnado ressurgiu, e através da sua boa execução Os Discípulos de Matz retomaram à corrida pelo parcial, reencontrando o conjunto adversário com um 16-16 tão ambicionado.

A longevidade da Luz, tal como mencionado no artigo anterior, tem um peso fundamental na disputa de partidas deste cariz.

Em comunhão com o magnífico público presente em Viana do Castelo, o Sport Lisboa e Benfica atingiu mais um dos objetivos propostos para a presente época, ao conquistar a 19ª Taça de Portugal da história do clube.

share on: