“Eu acho que o Benfica não devia vender sempre os melhores jovens da formação porque assim nunca vai ganhar nada.“
A observação, feita em jeito de inocência disfarçada de conhecimento aprofundado, foi da minha esposa durante uma das muitas conversas que faço questão de ter com ela sobre o estado actual do Benfica. A esta observação seguiram-se as explicações esperadas e algo óbvias:
- Não vendemos porque queremos, mas sim porque o mercado a isso obriga
- A dimensão do Benfica é das maiores do mundo, mas a realidade financeira do campeonato português não a acompanha, por vários motivos que não dependem de nós
- Este ano o apuramento na Champions não correu como esperado e, portanto, temos de contar com uma ou duas vendas de peso já no final desta época
- Às vezes até preferia que o João Neves não jogasse sempre tão bem, a ver se passava despercebido e ninguém o vinha buscar; Etc. Etc
Na infância, quando começámos a amar o futebol, para lá do puro jogo de rua, assinámos uma espécie de contrato com este desporto. O problema é que, tal como acontece na maioria dos contratos, não ligámos às letras pequeninas, que diziam qualquer coisa como isto: algo tão simples e banal como o dinheiro sobrepõe-se sempre ao sentimento único de paixão, por mais arrebatador e inexplicável que seja, que sentimos por aqueles jogadores que vestem dignamente a camisola do nosso clube e dão sentido a toda a nossa loucura.
No final de contas, qualquer jogador joga por dinheiro e, portanto, o dinheiro vence, o dinheiro pode, o dinheiro manda.
A conversa ficou por ali. Ela pouco convencida e eu resignado. A vida continua. O que ela não sabe é que, à custa daquela observação e de forma quase involuntária, fechei os olhos durante 10 segundos e imaginei uma equipa de sonho. Uma equipa que tinha, entre titulares e suplentes, Éderson, Oblak, António Silva, Rúben Dias, João Cancelo, João Neves, Renato Sanches, Gonçalo Guedes, Bernardo Silva, João Félix, Gonçalo Ramos, entre muitos outros.
Ainda não lhe agradeci os 10 segundos de extrema felicidade que me proporcionou com aquela simples observação.
tirando o oblak que não é nem nunca foi da formação.
mas a questão não é nos da formação ou não formação que os os que chegam sem ligações ao clube também saem como os da formação, por vezes os da formação ainda saem mais cedo.
que temos de vender todos sabemos agora é quando as coisas correm bem vendemos os jogadores a correr como foi o ano passado, e qual foi a necessidade de vender o ramos depois do enzo e da champions que correu bem nenhuma mas vendemos.
se calhar se não andássemos a contratar extremos atrás de extremos não aproveitando nem metade deles se calhar não existia necessidade de vender tantos jogadores e tão cedo.
e sabemos que não podemos ficar com jogadores de muita qualidade, sejam da formação ou não eternamente, agora o mal esta em vender os jogadores com apenas uma época, ou meia,como a maioria.