O Roger Schmidt teve o mérito de, na época passada, ter montado uma equipa com uma dinâmica muito forte e com um futebol entusiasmante. Aproveitou as características dos jogadores e funcionou porque permitiam jogar daquela forma.
Havia um compromisso total de todos. Éramos uma equipa. Nesta época, o maior erro dele foi não conseguir adaptar-se, e ajustar com os jogadores que tem. Manteve tudo igual com jogadores diferentes. Não dá porque não há jogadores iguais. Foi troca por troca.
Iniciou a época assim, insistiu quando era evidente que não resultava, e começou a inventar quando já estava desnorteado.
Perdeu credibilidade e autoridade, principalmente no balneário. Digo isso porque essas mudanças não produzem efeito e porque se vê uma anarquia dentro de campo.
Sempre fui a favor da vinda do Di Maria mas nunca pode ser utilizado desta maneira. Se estivesse em condições de jogar 90 sobre 90 não tinha vindo.
Um caso flagrante foi a entrada dele ao intervalo contra o Vizela para substituir o Rafa. Precisava de minutos?
Ontem tivemos 14 cantos. Todos batidos por quem? Alguns seguidos mas em lados opostos. De que forma? Já não falo dos livres mais próximos da área. Só falta marcar os pontapés de baliza. Isto diz muito.
São situações destas, aliadas à falta de resultados, que contribuem para o líder ficar em causa. Os jogadores deixam de o seguir e a mensagem não passa.
Há poucos intocáveis, ao longo da história do futebol, mas nós temos vários na nossa equipa. Isso faz com que não tenhamos uma equipa verdadeiramente.
Quem me dera que os resultados escondessem muita coisa por que ainda há muito para jogar. Neste momento, só acredito porque somos o Benfica.
P.S: No ano passado, o Rúben Amorim não teve uma época feliz. O Sporting ficou em 4º lugar. O seu cargo nunca esteve verdadeiramente em causa. Porquê?