QUANDO A VONTADE DE CRITICAR FALA MAIS ALTO

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Foi em Kiev que o Benfica estreou se nesta nova edição da Liga dos Campeões. A equipa de Jorge Jesus não foi além de um empate, o que voltou a agitar os adeptos do clube.

Hoje em dia, o Benfiquismo é vivido de uma maneira bastante diferente do passado. A facilidade que há para pegar no telemóvel e mandar umas bocas nas redes sociais alimenta a euforia nas vitórias, e o caos nos jogos em que não se vence.

Ontem, antes do apito inicial, estávamos bem cientes das dificuldades que se iam encontrar.

Enquanto que o Dínamo Kiev não é um colosso, e não tem o prestígio associado ao seu nome na Europa como o Bayern Munich ou até o Barcelona, como disse o nosso amigo João Pedreira e bem, esta equipa de Lucescu não é um mija na escada qualquer.

Até agora, tem havido pouco para criticar porque entramos na Liga dos Campeões, e no campeonato ainda não perdemos um ponto. Isso tem forçado os críticos a pegaram em qualquer coisa que lhes venham à cabeça.

Um dia é porque vem uma notícia a dizer que o Benfica vai renovar com o André Almeida. Outro dia é a direção. No dia a seguir é porque Jorge Jesus não mete jogador a, b, ou c.

A triste realidade é que mesmo não admitindo, há adeptos que estão ansiosos para que haja um resultado menos conseguido, ou uma exibição fraca para disparar as críticas. O treinador não vale um car****. Com um treinador à altura tínhamos ganho… e continuamos nesta.

Tudo isto depois de um empate num jogo em que a equipa da casa teve 90 segundos de mérito nos descontos, e criou problemas à defesa encarnada.

Tiveram um livre direto que foi bem defendido por Odysseas aos oito minutos, e depois no final da primeira parte após um cruzamento largo, um remate fraco e à figura.

E na segunda parte… Odysseas foi chamado a intervir nos descontos, e ele respondeu.

Já o Benfica, teve um remate de Rafa aos dois minutos ao lado. Everton teve uma oportunidade após uma recuperação de Weigl. E Yaremchuk teve um remate de fora da área à figura para acabar a primeira parte.

Na segunda, Everton mais uma vez de pé esquerdo aos 46 à figura, Rafa teve uma oportunidade onde ficou entre o remate e o passe, e Yaremchuk teve outra oportunidade onde o guarda-redes nem sabe como defendeu a bola.

Agora para vir dizer que o Benfica não joga nada, ou que tiveram sorte… será que vimos o mesmo jogo? A equipa da casa defendeu com todos, e teve duas oportunidades no final, e um golo que foi bem anulado.

Se não fosse aquele último minuto de sufoco, o que se dizia?

A história de jogo passa por uma equipa que controlou, criou oportunidades, e não as aproveitou. E outra equipa que teve pouca bola, e do nada, ia conseguindo um resultado que teria sido extremamente injusto para o Benfica.

Gostando ou não do treinador, ou do presidente, ou do senhor que trata do relvado, o Benfica está acima de qualquer pessoa. Percebo, muitos não gostam do treinador. Muitos ainda continuam insatisfeitos pela época passada. Mas ele está aqui, por isso não vale a pena estarem sempre a bater no mesmo.

O Benfica é melhor que este Dínamo Kiev? Sim! O Benfica devia de ter ganho o jogo? Sim! Deitamos tudo a perder por termos empatado este jogo? Claro que não.

Estamos com um ponto, o Barcelona perdeu em casa. Na próxima jornada há mais três pontos por disputar, e nesse jogo, teremos a oportunidade de enterrar um Barcelona que parece perdido, e não tem nada a ver com as equipas europeias dos Catalans.

A equipa Ucraniana é teoricamente o adversário mais acessível em relação aos outros dois, mas em Kiev, o Benfica não vai ser o único a deixar lá pontos.

Dez jogos oficiais, oito vitórias, dois empates, três golos sofridos e sete jogos sem sofrer… pensem bem!

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Michael Gonçalves

Michael Gonçalves

Desde miúdo que o Benfica faz parte da minha vida. Sou Luso-Americano, mas tenho o coração em Portugal. Enquanto que o sonho de ser jogador profissional não deu certo, agora tento transmitir as minhas ideias e a minha paixão pelo Benfica em palavras. Na vida pode se trocar de mulher, mas nunca se troca de clube!