A equipa principal de voleibol feminino do Sport Lisboa e Benfica triunfou na passada quinta-feira frente ao AJM/FC Porto por 3-1, conquistando 3 pontos fulcrais diante de um dos principais candidatos ao título nacional.
ONE FOR THE BOOKS
Cumpriu-se o desejo da antevisão a este caloroso encontro.
Tínhamos conhecimento das capacidades das forasteiras, mas era vital estarmos igualmente conscientes do nosso potencial enquanto equipa.
Individualmente, apesar de discutível, a prestação adversária foi de certo modo mais (des)agradável, na minha imparcial opinião.
Tal era previsível, já que a AJM/FC Porto é considerada recorrentemente por muitos como o principal candidato à conquista do título, dada a vastíssima qualidade iminente no seu plantel.
Existiam naturalmente possibilidades a explorar pelas encarnadas, e o momento de forma menos positivo do emblema forasteiro indiciava um embate claramente decidido por pormenores.
O RECEIO VIROU-SE CONTRA O RECEADO
Foi uma daquelas partidas cujo desfecho sabe especialmente bem.
Não só pela importância histórica do mesmo, mas também pela consequente ascensão ao 2º posto classificativo.
Um importante passo na disputa do tão ambicionado título, que ao que tudo indica contará com ambas estas equipas na fase final, a par do Sporting e possivelmente do Leixões.
A trajetória desta 2ª fase da competição começa-se a deliniar, e os moldes encarnados até então são bastante positivos.
No que toca ao encontro em si, viu-se mais uma vez a Raça Benfiquista que transborda nesta modalidade.
Já fora mencionado anteriormente: tratavam-se de duas turmas capazes de virar o bico ao prego num piscar de olhos, e tal tendência voltou a cumprir-se.
Os dois primeiros parciais contaram o controlo das águias, apesar do equilíbrio estabelecido principalmente no set inaugural.
Não tivera assinatura encarnada os momentos que lhes seguiam, já que foi expressiva a vontade forasteira de recuperar o leme da partida.
O 4º set ditaria o rumo deste fervoroso embate – com uma eventual conquista azul e branca, muito dificilmente desembalavam numa negra decisiva.
À medida que avançávamos no parcial, a tendência era precisamente essa: a turma adversária encaminhava-se a passos largos para a igualdade da partida, ao pintar desde cedo a proa do mesmo de azul.
Seriam as comandadas de Nuno Brites a dar o último murro na mesa, ao converterem uma prolongada desvantagem num 22-22 escrito pelos Deuses – neste caso, pelas Deusas.
Houve atitude, houve maturidade, houve decisão nos momentos mais cruciais do encontro.
Sinto que o trabalho defensivo das encarnadas foi relativamente desvalorizado pelo técnico adversário – houve realmente um cuidado extra no que toca à frente de ataque caseira, e tal ficou comprovado pelos 19 blocos que concretizaram ao longo dos parciais disputados; No entanto o desleixo forasteiro nos momentos ofensivos permitiu uma leitura exímia e posteriormente distribuição de alto nível das águias, que aproveitaram os momentos de contra-ataque para tomarem de assalto uma vitória vista por muitos como impossível.
Foi uma prestação à Benfica, com direito a triunfo na raça.
No voleibol não há impossíveis, e as nossas guerreiras fizeram questão de mais uma vez comprovar isso mesmo.
PARCIAIS
1º SET: 26-24 [BENFICA]
2º SET: 25-19 [BENFICA]
3º SET: 17-25 [AJM/FC PORTO]
4º SET: 26-24 [BENFICA]