A equipa principal de voleibol feminino do Sport Lisboa e Benfica fechou com chave de ouro a 2ª Fase do Campeonato Nacional, ao derrotar a AJM/FC Porto por 0-3 no passado domingo e assim garantindo o 2º lugar na tabela classificativa.
NA CRISTA DA ONDA
Foi sobre o azul da Dragão Arena que as encarnadas surfaram com Prancha #3, por meio de uma vitória muito bem conseguida na deslocação a um dos terrenos mais desafiantes no panorama nacional.
Apesar do triunfo aparentemente demolidor, há que destacar o natural equilíbrio numa partida sempre dura de roer.
Entrámos na quadra com pujança: com a raça, o crer e a ambição que tão bem nos definem.
Fomos a equipa que teve melhor nota no trabalho de casa mesmo jogando longe da nossa, partindo em vantagem graças ao certeiro estudo do Mister Nuno Brites e restante equipa técnica.
Em termos ofensivos, os dois conjuntos neutralizaram-se – com apenas 5% a distarem a eficácia ofensiva de ambos os emblemas, seria noutro parâmetro que a superioridade benfiquista se sustentaria.
Fomos melhores defensivamente, e a conversão positiva na hora do serviço carimbou uma vitória que muitos consideravam distante das nossas possibilidades.
Com uma distribuição igualmente competente e semelhante prestação coletiva no momento de transição, foi a resposta da primeira linha defensiva que ditaria o rumo do encontro.
Se nas taxas de receção “positiva + excelente” as contas se inclinavam ligeiramente para o nosso lado, os 14 blocos forasteiros fizeram questão de confirmar a superioridade das águias, quando comparados com os 9 somados pelas azuis e brancas.
Como já fora mencionado, também no “cômputo ace” fomos destaque: 5 contra 0, mão cheia a favor da turma benfiquista.
Tanto o set inaugural como o final seguiriam trilhas semelhantes: maioritariamente controlados pelo conjunto lisboeta, no caso do primeiro na sua totalidade, ambos terminaram com um triunfo por margem de 4 pontos a favor do Glorioso.
No que toca ao segundo, as contas poder-se-iam ter complicado – o cenário de desvantagem nos momentos finais em muito nos comprometeu no arranque da época, roteiro que tem vindo a ser reescrito com o crescer da maturidade da turma da Luz.
Fomos resilientes, e conseguimos converter a nosso favor um 24-22 que abria a porta à igualdade no marcador.
Muito orgulhoso deste triunfo, bem como da 2ª Fase na sua generalidade.
Retiraram-nos o ouro à força no Pavilhão João Rocha, mas se tudo correr como desejado em breve faremos jus à nossa paga.
Agora? Manter o foco e superar novamente a AJM/FC Porto, 1ª linha de oposição do Apuramento de Campeão, sobre a qual possuímos o Fator Casa. (Em caso de empate no cômputo das duas mãos, é no coração de Lisboa que a eliminatória se decidirá.
Uma exibição triunfal marcada por um segundo parcial impactante, que na minha visão será o reflexo da presente temporada encarnada:
“Deram-nos como vencidos, pois bem, terminaremos como vencedores.”